A eleição para a Câmara de Vereadores é sempre uma disputa voto a voto. Além disso, em função do coeficiente eleitoral nem sempre os mais votos são aqueles que garantem uma cadeira no Legislativo. Além dos 21 eleitos, vários candidatos ficam aptos a serem suplentes de vereador em caso de afastamentos ou licenciamentos do titular. Contudo, em Rio Grande, o último suplente teve apenas 02 votos registrados.

Evelyn Almeida Schmitz concorreu pelo Republicanos. Ela alcançou apenas 2 votos e foi a última suplente apta a ser convocada para assumir uma cadeira no Legislativo caso seja necessário. Em suas redes sociais, nesta terça-feira, 17, nenhum sinal de que ela tenha feito campanha política. “Foi um ano muito difícil pra mim, eu estava grávida e ainda contrai COVID-19, meu filho nasceu na área COVID. Em função do meu comércio fechado acabei perdendo o carro, tendo ele apreendido por falta de pagamento. Não fiz campanha, vi que precisava cuidar da minha família. Foram dois votos, meu e do meu marido, fico frustrada com o resultado, mas não posso negligenciar minha família. Mas tenho vontade de chegar lá”, afirmou ela em contato telefônico.  No dia 27 de setembro, em que iniciou a campanha, ela postou uma mensagem sobre maternidade. Já a penúltima candidata suplente, com também 02 votos, é Sharlene Ferreira (PP), não localizamos redes sociais da candidata e também ainda não há prestação de contas disponível na plataforma do TSE.

Vanessa Lidiara (PSB) recebeu apenas 03 votos e conquistou o título de suplente. Em suas redes foi encontrada apenas uma publicação no dia 27 de setembro, data de abertura da campanha política. Das 10 últimas suplências, 8 são mulheres. Chama atenção o perfil da candidata Maria Adelaides da Silva França, ela recebeu apenas 07 votos, concorreu pelo PP e recebeu da Direção Estadual do partido uma transferência de R$3 mil. Janaína Luz (PSB) também recebeu uma transferência da Direção Municipal do partido de R$950 e teve apenas 08 votos.

Elem Farias que concorreu pelo (PSD) recebeu apenas 05 votos. Ela conta que para ela a campanha “foi bem corrido, você tem que conversar com população, tentar entender as necessidades de cada bairro, não é fácil, pois as pessoas muitas não te conhecem, mas foi tranquilo”. Sobre o resultado ela afirma: “Ele foi muito baixo infelizmente, as pessoas falam que estão com você, que estão te apoiando, aí nas urnas nós vemos quem realmente nos apoia e quer a mudança”. Daqueles que receberam menos de 50 votos e não foram eleitos nem mesmo para suplência, 26 são mulheres e 24 são homens.  

O Litorâneo entrou em contato com Janaina Luz e Vanessa Lidiara pelas redes sociais mas ainda não obteve retorno. Sobre Maria Adelaides e Sharlene Ferreira, não foram encontradas redes sociais. O site entrou em contato pelo endereço de e-mail fornecido na inscrição do CNPJ - o mesmo para as duas - mas ainda não obteve retorno. Quando qualquer uma, em qualquer tempo, se manifestar, essa matéria será atualizada.